segunda-feira, 7 de abril de 2025

DIA DO JORNALISTA: 7 DE ABRIL, PARA COMEMORAR, BEBEMORAR E ... PENSAR!

  



     Parabéns a todos os coleguinhas pelo Dia do Jornalista. Em primeiro lugar, você sabe por que o 7 de abril foi escolhido para lembrar esse profissional fundamental em nossa sociedade? 
    A data foi criada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em 1931 para homenagear o jornalista e médico Giovanni Battista Libero Badaró assassinado por opositores políticos em 1830 em São Paulo. 
    A morte do jornalista ajudou para o começo do movimento responsável pela abdicação de Dom Pedro I do trono brasileiro em abril de 1831. Você vê, minha amiga/meu amigo, que ser jornalista é uma profissão perigo desde sempre...
    Mas, como já disse o gigante jornalista Cláudio Abramo (1923-1987), "o jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter". Bora lembrar que, como em todas ("repita!") todas as profissões, há jornalistas com caráter, com "pouco" (se isso for possível...) caráter, e sem nenhum caráter... Isso a gente vê todo dia. 
    Também é importante lembrar que nossa profissão ficou desvalida em muitos sentidos. No sentido de formação (já não é mais obrigatório ter diploma universitário para exercer a função, apesar do trabalho hercúleo da federação nacional da categoria para que volte a ser princípio básico ter formação numa faculdade pra se dizer "jornalista"...); a profissão está empobrecida porque patrões passaram a pagar salários rasos (em muitos casos o "piso" passou a ser o "teto" salarial...) e a demitir quem ganha "salários altos" ( o que é um "salário alto"? Até hoje não entendi esse "parâmetro patronal" se a gente levar em conta que bons profissionais que prestam bons serviços precisam ser melhor remunerados.
    E por falar em "serviço", não sei se dá pra chamar de "serviço" o que prestam muitos coleguinhas. O que a população lê, vê e escuta é resultado de tudo o que foi colocado acima. A pessoa chega com formação bem fraca na Redação para praticar o ofício. Aí os erros/absurdos vão sendo notados desde a pauta, a reportagem, a edição e a apresentação final para o leitor/ouvinte/telespectador.
    Tudo começa com os crimes cometidos contra a nossa maravilhosa língua portuguesa. O idioma de Fernando Pessoa é torturado e executado todos os dias. Isso é grave. Como também é grave o desconhecimento de política, história, geografia e cultural em geral....
    E gravíssima é a preguiça que avança cada vez mais sobre "jornalistas" mais preocupados em fazer caras e bocas em redes sociais do que em "fuçar" boas pautas para dar mais credibilidade para a firma na qual trabalham.
    Por falar em caras & bocas, lembremos que: Influenciador(a) não é jornalista. Youtuber não é jornalista. Quem escreve em rede social não é jornalista."Criador de conteúdo" não é jornalista. Mas... óbvio.... tem muito jornalista profissional escrevendo e falando, também, na internet. 
    O negócio é saber garimpar para descobrir o que se pode aproveitar das redes sociais. 
    E é isso: pela volta da obrigatoriedade do diploma universitário para a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.