Nesse domingo de Páscoa, a TV Globo fez um baita comercial da BetMGM. E não foi "de graça". Nem seria, claro! Mas nesse caso, a expressão quer dizer que a propaganda foi para mostrar que a Vênus Platinada entrou firme na área de cassinos online, a jogatina que se pode fazer via celular.
De acordo com o próprio jornal O Globo, o gigante americano MGM Resorts (dono de cassinos e de hotéis de luxo em Las Vegas, principalmente), vai ter a maior parte da fatia da sociedade. O grupo Globo, segundo a publicação, teria participação "minoritária". Claro que esse "minoritário" não deve ser tão pequeno assim. A Globo não entraria nessa pra ganhar pouco...
E por que os americanos estão de olho no nosso mercado? Segundo a MGM, estima-se que o Brasil tenha um potencial de 20 milhões de apostadores que movimentariam 3 bilhões de dólares, cerca de 18 bilhões de reais. Entendeu o interesse, agora, dos dois grupos, cara-pálida?
Só tem um pequenino problema em tudo isso. Um grupo de comunicação (que teoricamente deve levar educação/informação para a população para que essa tenha uma vida melhor e segura...) entra nesse mercado que, segundo psicólogos e psiquiatras, vicia. É como uma droga.
E já foi divulgado que essa jogatina online traz prejuízos para muitas famílias. Tem gente que deixa de comprar comida, de pagar contas, para colocar o dinheiro nesse tipo de jogatina.
E o que também é grave: Artistas, jornalistas e locutores esportivos (gente com a vida feita, com um bom padrão, que não precisaria desse cachê) fazem propaganda, deixam usar a imagem nesse tipo de droga.
Em meio a tudo isso, o técnico do Flamengo, Filipe Luís, deu uma declaração, essa semana, considerada "corajosa" pelo Globo Esporte, do próprio grupo Globo ligado à BetMGM. Seria corajosa por mexer com interesses milionários, da mídia (que recebe patrocínios gordos dessas casas de apostas) e dos próprios clubes e da CBF que são patrocinados por BETS.
O treinador do Flamengo mandou:
“Quando eu era novo, assistia à Fórmula 1 com meu pai e todos os carros tinham propaganda de cigarro. Hoje não pode mais. Recebi várias ofertas para fazer propaganda de casas de apostas, mas não faço, porque eu sei o dano que é para as pessoas que apostam, o vício, é uma droga, infelizmente. Daqui a 20 anos a gente vai olhar e falar ‘caramba, todos os times, lugares, anunciavam casas de apostas’. Mas o dano que está fazendo para tantas pessoas a gente não tem a real noção do que está acontecendo”.
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