Foram precisas dezenas de Páscoas para esse humilde escriba descobrir que bacalhau não é peixe! Como é que é? Para o mundo que eu quero descer... ou para o barco que eu quero aportar....
Já tinha ouvido/visto/lido esse zum-zum-zum que me parecia muito estranho. Aí num trabalho de jornalismo investigativo, busquei informação com quem entende do riscado. Ou do pescado. Com a palavra, chef português Olivardo Saqui, que de vez em quando aparece em televisões brasileiras:
"Bacalhau não é uma espécie de peixe. Em verdade é o nome dado a um processo de salga. E usar sal é uma técnica milenar de conservação. Para ser considerado bacalhau, o peixe precisa ser submetido a um processo de secagem, salga e cura."
Mas então qualquer peixe nessas condições pode ser considerado "bacalhau"? Até um lambari? Na-na-ni-na-não! Acordos internacionais (liderados pela Noruega, maior produtor...) estabeleceram que só 3 espécies podem receber o carimbo de bacalhau: Gadus Morhua, Gadus Macrocephalus e Gadus Ogac.
Porém, atenção ao comprar: Se na embalagem estiver escrito "tipo bacalhau" é porque o bicho recebeu esse tratamento de conservação, mas não é uma das três espécies citadas.
Portanto, atenção à sua pescaria no supermercado ou na peixaria. Compre o peixe que realmente é bacalhau. Na embalagem deve ter o nome científico do pescado.
E uma ótima Páscoa!