quarta-feira, 12 de março de 2025

TORTURA NUNCA MAIS? UMA VEZ GLOBO... 100 ANOS DE GLOBO!

  



     Quem me informa é o jornalista Chico Alves, no portal ICL Notícias: 7 meses antes de o ex-deputado Rubens Paiva ser levado de casa para ser torturado e assassinado nos porões da ditadura militar, o jornal O Globo em edição de 18 de junho de 1970 afirmou que os militares combatiam a "ameaça comunista" de forma enérgica e "dentro da lei".
    O ICL reproduz o editorial do jornal carioca que nega ter existido ditadura e tortura no regime militar:

    “Dos 60 terroristas trocados pelos três diplomatas sequestrados no Rio e em São Paulo apenas dois não estavam com boas condições físicas: um rapaz de origem japonesa e a moça que desembarcou em Argel numa cadeira de rodas. Torturados? Não. O primeiro foi capturado por acaso nas proximidades de São Paulo desacordado dentro de um automóvel que dirigiu e que capotou. Portanto, foi vítima de um desastre. Quando socorrido, as autoridades encontraram armas de guerra no carro e após identificação do motorista comprovaram a filiação deste ao ‘aparelho’ terrorista.[...] A moça reagiu a bala à voz de prisão ferindo um policial. Recebeu um tiro que atingiu o centro nervoso. Os dois casos únicos de terroristas que chegam ao estrangeiro em condições físicas imperfeitas foram estes."

    Note, minha amiga/meu amigo, que para o Globo, quem resistia/fazia oposição à ditadura era chamado de "terrorista" e os milicos de extrema-direita eram os "patriotas". Ou seja, opositor era "bandido" e apoiador do governo ditatorial era "mocinho".
    "Legalista" (oi?) o Globo (e os outros jornalões conservadores) mergulharam de cabeça no governo golpista. 
     Apoiar a extrema-direita é uma especialidade da casa da mídia patronal. No passado e no presente. Bora lembrar que na eleição presidencial de 2018, o Estado de S. Paulo fez um editorial dizendo que era uma "escolha muito difícil" entre o professor Haddad e o desqualificado Bozo.