Os brasileiros que não ganham com o mercado financeiro se perguntavam: "Não dá para baixar os juros? Não dá pra dar uma segurada?" Lula (PT), garantiu: Com o presidente do Banco Central indicado por ele, tudo iria mudar. A taxa de juros iria parar de subir. Haveria estabilidade.
Estabilidade? Nessa quarta-feira, 19, o Comitê de Política Monetária do BC aumentou em 1 ponto percentual a taxa básica de juros. Por unanimidade. Todo mundo vota igual. Foi dos já absurdos 13,25% para estratosféricos 14,25%.
E não vai ficar por aí. O comité do Banco Central já avisou que, na próxima reunião de maio vem novo aumento por aí.
O que fez o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, responsável pelas políticas de desenvolvimento econômico e por segurar a inflação? Isentou ("repita!") isentou o presidente do BC, Gabriel Galípolo, da "culpa" pela alta dos juros e disse que o comandante do banco administra uma "herança" deixada por Campos Neto.
"Você não pode, na presidência do Banco Central, dar um cavalo de pau depois que assumiu (o cargo). Isso é uma coisa muito delicada".
Ok. Mas já vai para o terceiro mês de administração do banco.
A ideia de trocar era justamente mudar a política de juros.