É isso mesmo o que você leu. América do Sul, 1960. A Segunda Guerra Mundial tinha terminado há 15 anos, e um sobrevivente do Holocausto, Polsky (David Hayman) vive sozinho e gosta da solidão. O país em que mora não é identificado oficialmente. Tudo ia bem (na medida do possível) na vida desse ermitão polonês (que gosta de cultivar rosas negras) quando chega um vizinho para ocupar a casa ao lado. O alemão Herzog (Ugo Kier) chama a atenção de Polsky por um motivo seríssimo: Ele acredita que o novato no lugarejo (que é isolado da cidade) trata-se de... Adolf Hitler.
A batalha de Polsky, ao longo de "Meu Vizinho Adolf" (2022), é provar às autoridades israelenses, que fazem parte de um comando de caça aos nazistas, que o vizinho é o fuhrer em carne e osso. E ele busca as provas mais diversas. Apesar do esforço, ninguém está disposto a acreditar nessa teoria.
Chegam a questioná-lo:
"Mas e o fato de Hitler ter se suicidado?"
Ele responde:
"Alguém viu o corpo? Quem deu a notícia foram os russos. Vocês acreditam em comunistas?"
Polsky chega a fazer amizade com Herzog pra tentar confirmar a tese dele de que Hitler está vivo e que mora ao lado.
O filme é uma produção de Israel e da Polônia com co-produção da Colômbia. É classificado como "comédia dramática". Mas por todos os sofrimentos relembrados do Holocausto, é, em verdade, mais "drama".
E pra quem é bem ligado em cinema, os dois atores principais são rostos conhecidos. David Hayman (que faz o polonês) já trabalhou, também, em outro filme sobre a Segunda Guerra Mundial: "O Menino do Pijama Listrado" (2008). E Ugo Kier (que faz o alemão) já esteve num filme brasileiro: Foi em "Bacurau" (2019).
* "Meu Vizinho Adolf" está disponível no Prime Vídeo.