A prisão militar norte-americana de Guantánamo em Cuba foi criada em 2002 pelo então presidente George W. Bush para manter em cativeiro os detidos depois do 11 de setembro de 2001. Fazia parte da estratégia do plano de "guerra ao terror". O inferno parece um resort perto do que é esse centro de detenção.
Muitos prisioneiros já passaram por ali onde comeram o pão que o diabo amassou, beberam muita água em sessões de afogamento e tomaram choques e pancadas em todas as partes do corpo que se possa imaginar. Entre os "hóspedes ilustres" estão, principalmente, integrantes da Al Qaeda. Os ex-presidentes democratas Barack Obama e Joe Biden prometeram fechá-la. Mas ficou só na promessa.
Agora, Donald Trump quer que Guantánamo seja preparada para "receber" até 30 mil imigrantes que o chefão da Casa Branca considera como "inimigos da América". Ou seja, latinos em sua grande maioria. O sujeito explicou porque afirma que essas pessoas são "bandidas":
"Alguns desses imigrantes são tão maus que nem confiamos nos países para mantê-los presos, porque não queremos que eles voltem. Guantánamo é um lugar de onde é difícil de sair".
Um filme de 2020 retrata bem como os Estados Unidos tratam quem é mandado para essa prisão: "O Mauritano" conta a história de Mohamedou Ould Slahi que é capturado pelas autoridades americanas e está preso há mais de 10 anos no local sem acusações nem julgamento. O rapaz conta com a ajuda de uma advogada (Jodie Foster) e de sua assistente (Shailene Woodley) em busca da justiça.
A foto desse texto (divulgada há 4 anos pela BBC News) ilustra bem como era o processo de "convencimento" (tortura) de presos em Guantánamo: O cidadão passava alguns dias sem falar nada, sem ouvir nada, sem ver nada. Em pouco tempo ele perdia a noção de tempo e espaço.
É esse tratamento "vip" que Trump quer dar a quem "ousar" entrar nos EUA pra morar lá.