João Baptista Bellinaso Neto, o Leo Batista, nasceu em Cordeirópolis (São Paulo) em 22 de julho de 1932 e morreu nesse 19 de janeiro de 2025 no Rio de Janeiro. Foram mais de 60 anos fazendo o que mais gostava na vida profissional: Trabalhar em televisão e em rádio. Era conhecido como "A Voz Marcante". Morreu vítima de um câncer de pâncreas, depois de 13 dias internado num hospital.
Leo começou a trabalhar com locução ainda na adolescência nos chamados "serviço de alto-falante", no interior de São Paulo. Dalí para o rádio e, depois, para a televisão, foi rápido.
Chegou à TV Globo em 1970 onde ficou por mais de 50 anos. Com a morte de Cid Moreira (1927-2024), passou a ser o empregado vivo mais antigo da emissora.
Locutor, dublador e apresentador, Batista foi um dos profissionais de imprensa que transmitiram a estreia de Garrincha no futebol. Era torcedor do Botafogo. Ainda pode ver seu time do coração ser campeão da América em 2024.
"Seu Leo" como era carinhosamente chamado pelos amigos e pelos colegas de trabalho era uma das pessoas mais queridas de se conviver. Isso sempre foi uma unanimidade entre aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo pessoalmente.
Passou por vários programas da Globo. Apresentou os "Gols do Fantástico". Também o resultado da loteria esportiva no domingo à noite. Lembram da zebrinha? Poisintão... Aos sábados fazia o Jornal Nacional. E a grande marca do apresentador foi o Globo Esporte.
O jornalista Gil Rocha (1959-2023) dizia que Leo Batista tinha "o melhor tempo de bola" para narrar gols ao vivo nos programas. Ou seja, acompanhava, sem erro, toda a jogada até o gol. Tinha o "timing" perfeito até a bola tocar a rede.
Sobre o trabalho, "seu Leo" disse numa entrevista:
"Completei 60 de profissão — e não encontro nem o termo apropriado para descrever o que sinto por ela. Outro dia fiquei imaginando a hora em que eu não puder mais entrar na emissora e falar com os amigos. Evito pensar nisso. Desejo continuar fazendo o meu trabalho. A não ser que achem que fiquei velho demais, que já estou gagá.[risos].Enquanto Deus me der voz e saúde e a TV Globo quiser, eu continuo."
