Os rebeldes já anunciaram: O governo do ditador Bashar al-Assad foi deposto. O comunicado foi feito nesse domingo, 8, num canal de televisão. Assad (que teve a "batata assada" pela oposição) deu um "vazare" de Damasco, capital da Síria. Ninguém sabe para onde teria ido...
O que se sabe (relatos de oficiais do exército do país) é que ele embarcou num avião quando os rebeldes se aproximavam da cidade. A Rússia, um dos aliados de Assad, afirma que o ditador "renunciou" e que saiu do país. E que teria deixado instruções para uma "transferência pacífica de poder"... Sei...
O jornalista Jamil Chade me informa que o presidente da Comissão de Inquérito da ONU, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, tem o diagnóstico para a queda de Assad: "É resultado do enfraquecimento do Hezbollah e da falta de apoio da Rússia e do Irã ao regime de Damasco". A Rússia, agora, tá mais preocupada com a guerra em que se meteu com a Ucrânia.
A família Assad mandou na Síria por mais de 50 anos! O pai de Bashar, Hafez al-Assad tomou o poder em 1970. Bashar não era a "bola da vez" para sucedê-lo. Nem estava preparado para isso. Quem assumiria o governo seria o irmão mais velho de Bashar, Bassel, mas esse morreu num acidente de carro em 1994. Com a tragédia familiar, Bashar acabou assumindo o poder em 2000. Foi escolhido pelo voto numa eleição sem oposição. E instalou uma ditadura sanguinária "especializada" em tortura e assassinatos de opositores.
Desde 2011, quando o ditador reprimiu uma revolta pró-democracia, a Síria mergulhou numa guerra civil que, a princípio, acabou com a chegada dos rebeldes ao poder.
Fica aquela dúvida: Por quem - e como - o país vai ser governado a partir de agora?
Há quem diga que os Estados Unidos financiaram os rebeldes...