domingo, 13 de outubro de 2024

LUTO NA PUBLICIDADE: MORRE WASHINGTON OLIVETTO

  


      Foi nesse domingo, 13. Aos 73 anos, ele estava internado num hospital no Rio de Janeiro há quase 5 meses e morreu de falência múltipla dos órgãos causada por complicações pulmonares.
    Várias vezes premiado (teria sido o publicitário mais premiado do Brasil?) criou campanhas memoráveis: o cachorrinho da Cofap, o primeiro sutiã da Valisere, o garoto Bombril, o casal Unibanco e uma propaganda que reuniu Paulo Maluf e Leonel Brizola (!) em 1997, pra falar do sapato 752 da Vulcabras.
    Olivetto começou a trabalhar na área no começo da década de 70. Foi contratado pela agência DPZ. Em 1974, ganharia o primeiro Leão de Ouro da publicidade brasileira no Festival de Publicidade de Cannes. E foram mais de 50 Leões em toda a carreira. É o único latino-americano a ganhar um Clio. Isso em 2001.
    Em 1986, criou a W/Brasil em sociedade com a suíça GGK.
    Nunca fez propaganda política e afirmava que "apesar de ser um dinheiro fácil de ganhar, faria muito mal". Apesar de ter recebido vários convites para trabalhar com política.
    Prova da muitíssima competência de Olivetto é que as campanhas O Primeiro Sutiã, e Hitler, para Folha, foram os únicos comerciais brasileiros a constar na lista dos 100 melhores comerciais de TV de todos os tempos de um livro escrito em 1999 pela colunista do The New York Times, Bernice Kanner.
    Em 2001, ficou sequestrado durante 53 dias. Foi libertado graças a ajuda de uma vizinha que era estudante de Medicina. Ela desconfiou do som que vinha da casa ao lado e colocou um estetoscópio na parede e ouviu os pedidos de socorro.
    Falar e escrever sobre si próprio. Foram especialidades do profissional de propaganda. Só de autobiografias foram quatro: "Direto de Washington", "Direto de Washington - Edição Extraordinária", "Os Piores Textos de Washington Olivetto" e "O Que a Vida Me Ensinou".
    Óbvio que sabia da importância dele para a publicidade brasileira e internacional. Mas fazia propaganda de si mesmo de uma forma contida:
    "Me acho um sujeito humilde, mas não o modestinho".
    Modestinho ou não, foi o maior de todos no Brasil.
    A agência do publicitário virou música de Jorge Ben Jor no disco "Jorge Ben Jor ao Vivo no Rio" (1991). A homenagem vem em "W/Brasil":
    "Alô, alô W/Brasil..."

    Veja alguns comerciais de Washington Olivetto.

                                                       SUTIÃ VALISERE

        
(fonte: YouTube)

BOMBRIL

(fonte: YouTube)


COFAP


VULCABRAS: MALUF E BRIZOLA


(fonte: YouTube)

CASAL UNIBANCO



















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