Não é preciso ser eleitor, nem gostar da administração dele, muito menos do posicionamento político/conservador que segue. Sim! É ser oposição, mas respeitar a história da pessoa quando se constrói com honestidade e sem nada que a desabone legalmente. É o caso do governador Ratinho Junior (PSD).
No debate da BAND, a candidata Cristina Graeml (PMB) citou com ironia o fato do governador ter como experiência profissional "apenas o trabalho de sonoplasta do pai dele".
Você sabe, nobre eleitor/eleitora, que a ironia e o deboche caminham de mãos juntas. Ao se referir desta maneira, a candidata quis "diminuir" profissionalmente o governador. Como se a profissão de sonoplasta fosse "algo menor".
Pelo contrário. O trabalho da sonoplastia enriquece o conteúdo visual com efeitos sonoros e cria uma experiência auditiva para complementar o que se vê no teatro, no cinema e ...na televisão. As matérias de muitos repórteres ganham um brilho especial com uma sonoplastia adequada. A reportagem pode nem ser lá essas coisas, o repórter pode ser mais ou menos, mas as imagens e o som salvam o que vai para o ar.
No rádio é a mesma coisa. E ganha até uma importância maior. Porque , obviamente, o ouvinte não tem o que ver. A única informação é sonora. Daí o sonoplasta se torna um profissional essencial.
Isso é desde o tempo em que "o rádio é rádio", como diria o velho radialista. No tempo das radionovelas, então, JESUIXXXX!, para a história ser bem contada precisava de ótimos efeitos sonoros.
Quem é um bom profissional da Comunicação, quem realmente conhece o trabalho de radialista/jornalista, valoriza e respeita o trabalho do sonoplasta.
Ao saber que tinha sido citado com desdém, Ratinho Junior foi rápido no teclado e já mandou a resposta na rede social:
"Tenho muito orgulho das minhas raízes. A "sorte" acorda antes das 6 da manhã. Aprendi isso desde cedo e nunca mais deixei de ter "sorte".
Ratinho Junior começou a trabalhar, a partir dos 13 anos, na rádio Eldorado, em São José dos Pinhais, que pertencia ao pai dele, o apresentador Ratinho. Começou como ajudante na sonoplastia. Virou sonoplasta, depois apresentador. Aí trabalhou, também, na rádio Massa, também de Ratinho pai.
Junior foi deputado estadual, federal e secretário de Estado, antes de ser governador.
