Eduardo Pimentel (PSD) foi eleito prefeito de Curitiba com uma votação expressiva: Venceu em TODAS as dez zonas eleitorais da capital. Ou seja, pra não deixar dúvida nenhuma do que os curitibanos queriam. No segundo turno, ele fez 531 mil votos. A adversária dele, Cristina Graeml (PMB), ficou com 390 mil votos.
Pimentel teve o apoio do atual prefeito Rafael Greca (PSD) de centro-direita e do governador Ratinho Junior (PSD) de direita mas com um forte "crush" pela extrema-direita. Para governar Curitiba, o novo prefeito vai ter um caminho praticamente livre já que a oposição quase não vai existir. O PT, mais uma vez, só conseguiu eleger 3 vereadores...
Mas a vitória de Eduardo foi reforçada com a votação em massa de eleitores progressistas. Apesar de não preferirem nem um nem outro, foram de Pimentel porque seria o "menos ruim" para a cidade. Evitaria que a capital entrasse numa era medieval e a vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais caísse nas trevas matusalênicas ...
Dito isso, os porta-vozes dos progressistas de Curitiba já começaram a elencar quais são as prioridades deles na administração Pimentel: Respeito aos Direitos Humanos ("Chega da lógica de higienização e criminalização das pessoas em situação de rua"); que a FAS (Fundação de Ação Social) tenha uma gestão diferente da dos últimos anos; Tarifa Zero no transporte coletivo, mas com transparência com os recursos públicos.
O prefeito que toma posse em janeiro de 2025 tem um grande desafio pela frente: renovar o contrato do transporte coletivo. De que maneira e em que bases?
Também vai precisar "se virar nos 30" pra construir novas creches (os CMEIS como são chamadas as creches...).
E uma curiosidade sobre a eleição: Eduardo teve a maior votação na 175ª zona eleitoral, a periferia de Curitiba na região sul da cidade. Vai ver que esse povo mais pobre ficou com medo de uma proposta da adversária: quem mora mais longe passaria a pagar passagem mais cara.
Habemus prefeito!
