sábado, 26 de outubro de 2024

CURITIBA JÁ FOI MAIS PROGRESSISTA NA ELEIÇÃO PARA PREFEITO

    


      Quem imaginaria o PT no segundo turno da eleição para a prefeitura de Curitiba? Parece muito estranho aos olhos da maioria dos eleitores hoje conservadores/extremamente conservadores. Basta ver os candidatos que vão disputar a Prefeitura nesse domingo, 27 de outubro de 2024.
    Pois isso já aconteceu! E em duas eleições seguidas! É sonho de um domingo de eleição? Nada disso! Em 2000, Ângelo Vanhoni (PT) foi para o segundo turno contra o então prefeito Cássio Taniguchi (PFL).
    E foi um resultado apertado: Taniguchi fez 51,48% dos votos e Vanhoni, 48,52% .
    Vanhoni voltou a disputar a eleição em 2004. E, de novo, o PT estava no segundo turno. Vanhoni , dessa vez, enfrentou Beto Richa (PSDB), que era vice de Taniguchi. Beto fez 54,78% da votação e Vanhoni, 45,22%.
    Em 2008, Richa não deu chance pra ninguém. Foi reeleito no primeiro turno com 77,27% dos votos. Em segundo lugar ficou Glesi Hoffmann (PT), bem distante, com apenas 18,17% da votação.
    Mas quatro anos depois, o eleitor curitibano mostrou que não havia esquecido totalmente o Partido dos Trabalhadores. Na eleição de 2012, foi eleito prefeito Gustavo Fruet (PDT) tendo como vice Miriam Gonçalves (PT). Era a chamada "chapa trabalhista".
    E quem Fruet derrotou no segundo turno? Ratinho Junior (PSC), atual governador, na época deputado. Essa eleição tem um marco histórico. O candidato que venceu no primeiro turno, perdeu a eleição. E por uma diferença bem grande! No primeiro turno, Ratinho fez 34,09% e Fruet, 27,22%
Mas... no segundo turno... Fruet fez 60,65% contra apenas 39,35% de Ratinho.
    Numa entrevista, o atual governador contou que "foi mal" no segundo turno. Que, por inexperiência política "tratou mal" o adversário. Isso se refletiu nas urnas.
    Mas o tempo de Fruet na prefeitura durou apenas um mandato. Em 2016, perdeu a reeleição para... Rafael Greca.
    A "aversão" do eleitor curitibano já foi contada, analisada, explicada, por alguns analistas e cientistas políticos. Dá pra ver, pela história, que ela foi crescendo a medida que as redes sociais foram surgindo e a direita soube explorar melhor esses novos "meios de comunicação".
    Se for preciso, a direita usa fake news sem o menor constrangimento. E a rede social é o principal (único?) meio de informação da maioria do eleitorado. E quando a justiça manda apagar um "post" mentiroso, aí o estrago já está feito...
    E esse comportamento do eleitorado não é "privilégio" de Curitiba. O Brasil inteiro foi atingido pelo "tsunami do conservadorismo".