quarta-feira, 18 de setembro de 2024

RITA HAYWORTH É A DEUSA DA DANÇA EM "QUANDO OS DEUSES AMAM"

   




     Em "Gilda" (1946), Rita Hayworth estava deslumbrante e é daí que surgiu a clássica frase: "Nunca houve uma mulher como Gilda".  Rita (1918-1987) do alto do seu 1,68m de uma beleza radiante e elegante, foi uma das principais atrizes da década de 1940, a época de ouro de Hollywood. 
    Dentre tantos elogios que recebeu também está "deusa" que cabe de forma muito apropriada nesse filme: "Quando os Deuses Amam", que ela fez em 1947. É uma comédia romântica/musical/fantasia dirigida por Alexander Hall. Quem contracena com ela, no papel masculino principal, é Larry Parks.
    A história é bem criativa: Terpíscore (Rita) a Deusa da Dança, resolve descer do Olimpo e baixar na Broadway porque afirma que um musical sobre ela não está sendo bem feito. Decide, então, fazer o show. Mas como? Ao chegar ao teatro, se apresenta como Kitty Pendleton e participa da seleção da bailarina/cantora principal da peça e. óbvio, vence. E o título em português vem do fato de a personagem dela, inevitavelmente, se apaixonar pelo galã da história.
    Rita não foi escalada à toa para o filme. Era uma ótima dançarina. Aprendeu nas produções ao lado do mestre Fred Astaire. Tanto é que na cena do teste para o show, ela deixa todo mundo embasbacado, inclusive, claro, os espectadores do filme.
    Além da beleza natural e do talento da atriz, "Quando os Deuses Amam" foi gravado em technicolor. Em cores, muita gente que não sabia que Rita era ruiva (alguns achavam que era morena, outros, loira...), acabou conhecendo a bela cabeleira ruiva da estrela. A propósito: Acredito que atrizes de sucesso ruivas foram poucas na primeira metade do século passado. Talvez ela pode até ter sido a única.
    O filme foi produzido dois anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. E depois do pesadelo do conflito, o que as plateias mais queriam era entretenimento, diversão. A busca por beleza e distração na tela.
    E isso "Quando os Deuses..." tem bastante. Se não é uma produção extraordinária, com cenas de dança ou canções inesquecíveis (Rita não tinha um Fred Astaire ou um Gene Kelly ao lado dela) , pelo menos vai para a prateleira dos grandes musicais.
    Pela criatividade da história e pela participação da atriz.
    E é importante destacar que mais gente notou que o filme tinha potencial para ser visto e revisto: Fizeram uma refilmagem em 1980 com Olívia Newton-John (!) e aí sim com.. Gene Kelly!

* O filme está disponível de graça no YouTube.