Ou: Sempre vai achando um degrau a descer em meio à escuridão na qual se meteu a mídia. As entrevistas ("sabatinas") com os candidatos à Prefeitura de São Paulo mostram bem isso. Principalmente com o candidato Marçal. Ele diz o que quer, traz informações sem provas, e ninguém fala nada. Ninguém diz: "Pode parar! O senhor não está falando a verdade!"
Mais: Parte para a ofensa, xinga os entrevistadores, chama-os de "burro", manda eles calarem a boca, e eles não reagem. Às vezes, só às vezes, o ofendido da hora faz uma reclamação tímida. Os outros, abaixam a cabeça. Ordem do patrão? Normalizar um candidato assim?
Ainda: E há jornal que faz uma "roda de conversa" para colunistas "avaliarem " o "desempenho" dos candidatos. Esses "comentaristas" largam pérolas (sobre o candidato cheio de problemas no passado...) do tipo: "o candidato foi bem sucedido ao reforçar a narrativa antissistema", ou : "A linguagem simples facilita conexão com o eleitor".
Mas teve um que superou qualquer avaliação que se possa imaginar. Até acho que nem os marqueteiros do candidato fariam melhor. Ele afirmou que Marçal é "ágil" e que "sabe driblar jornalistas". Mas esse consegue resumir bem o que pensa. Em duas afirmações demonstrou admiração pelo sujeito e chamou os coleguinhas de imprensa de "imbecis" porque que são driblados por um candidato que é acusado, todo dia, de viver à margem da lei.
Quem vive à margem é ... marginal?
Isso os "jornalistas" normalizaram...