Julian Assange já está em casa. Ele chegou a Camberra, na Austrália, às 7 e meia da noite, comecinho da manhã aqui no Brasil. Depois de 7 anos de asilo político na embaixada do Equador em Londres e de 5 anos em uma prisão de segurança máxima no Reino Unido, o jornalista finalmente conseguiu a liberdade pela qual tanto lutava.
Fundador do Wikileaks, foi acusado de divulgar, em 2010, centenas de milhares de documentos militares confidenciais dos EUA sobre as guerras da Casa Branca no Afeganistão e no Iraque. Os americanos consideraram que ele cometeu uma das maiores violações de informações secretas na história do país.
Apesar de a defesa de Assange invocar a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão e resguarda as atividades jornalísticas. Mas para o governo americano, liberdade de expressão só vale quando não é contra a Casa Branca...
Quando assinou o acordo com o governo americano para encerrar o caso, declarou:
"Trabalhando como jornalista, incentivei minha fonte a fornecer informações que eram classificadas como confidencias para que eu pudesse publicar essas informações. Acreditei que a Primeira Emenda protegia essa atividade, mas aceito que foi uma violação do estatuto de espionagem".
Mas o advogado dele nos EUA, Barry Pollack, afirmou: "Acreditamos firmemente que o sr. Assange nunca deveria ter sido acusado sob a Lei de Espionagem e se envolveu em uma atividade que jornalistas realizam todos os dias".
Fim de pasadelo para Julian Assange. Fim de pesadelo para todos os jornalistas que defendem a liberdade de expressão e a dignidade humana.
No dia 3 de julho, Assange completa 53 anos. Que comemore muito!
Parabéns!!!