Morreu nessa quarta-feira, 10, em Las Vegas, Estados Unidos, o ex-jogador de futebol americano (NFL), O.J. Simpson. Aos 76 anos, foi vítima de um câncer de próstata.
Ainda num mundo pré-redes sociais, pré-influencers, pré-YouTube, Simpson ganhou notoriedade mundial não pelo esporte, mas pelo envolvimento no caso de um duplo homicídio: Da ex-esposa , Nicole Simpson e do amigo dele, Ron Goldman. O crime foi em 1994. Ele se declarou inocente e foi absolvido em 1995.
Mas... dois anos depois, em num chamado julgamento civil, foi condenado a pagar 33,5 milhões de dólares por danos.
O julgamento causou um rebuliço na mídia americana. Com comentaristas frenéticos da televisão que pareciam palpitar sobre uma decisão de futebol, o caso ganhou a atenção do planeta, criando produções para a TV e para o cinema. "O.J. Made in America" ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2017.
Simpson também era ator. Entre especiais para a TV, participações em episódios de séries e filmes, esteve presente em 30 produções.
Por falar em cinema, é cinematográfica a fuga dele da polícia em 1994 e transmitida ao vivo pelos canais americanos: Ao ser acusado, deu no pé e foi perseguido pela polícia por 96 quilômetros. Ficou trancado dentro do carro por horas e aí se entregou.
Mas como dizia Rita Lee, "loucura pouca é bobagem", O.J. foi acusado de um assalto a dois homens que estavam num quarto de um cassino em Las Vegas. As vítimas afirmaram que foram surpreendidas por sujeitos fortemente armados. Entre eles, o ex-jogador. Simpson alegou que estava desarmando e que foi ao local só para pegar "algumas coisas" que eram dele. Do quarto foram levados 2 troféus e lembranças assinadas pelo ex-atleta.
O júri não entendeu assim e ele foi condenado à prisão. Ficou atrás das grades até outubro de 2017 quando conseguiu liberdade condicional.
De acordo com o UOL, O.J. teria supostamente confessado os assassinatos numa entrevista em 2006 que ficou perdida por 12 anos. A "confissão" teria ocorrida à editora do livro dele "If I Did It".
Para o astro da NFL, o que seria "confissão" era, em verdade, uma "narração hipotética" de como teriam acontecido os crimes. Teria feito isso para "dramatizar" a história. Mas a opinião pública sempre pensou diferente...
Parentes das vítimas conseguiram, na Justiça, bloquear o lançamento da obra. O livro só chegou às livrarias porque as famílias da ex-esposa e do amigo dele conseguiram os direitos autorais e lançaram como "If I Did It: Confessions of the Killer" - "Se Eu Fiz isso: Confissões do Assassino".