quarta-feira, 17 de abril de 2024

CNJ USA "AMACIANTE" NA LAVA JATO: ANULAÇÃO DE AFASTAMENTO MOSTRA QUE OPERAÇÃO AINDA LAVA, ENXAGUA E PASSA O BRASIL

    


    8 A 7. Esse foi o placar do Conselho Nacional de Justiça contra o afastamento da juíza Gabriela Hardt (substituta de Sergio Moro na Lava Jato). O CNJ também "salvou o pescoço" do juiz Danilo Pereira Junior (que assumiu a titularidade da 13ª Vara Federal em Curitiba). Quem comandou a votação em benefício dos dois juízes foi o presidente do Conselho, Luís Roberto Barroso. Que ainda deu um "esculacho" no corregedor nacional de justiça, Luís Felipe Salomão, que havia determinado o afastamento dos dois e , também, dos desembargadores Carlos Thompson e Loraci Flores de Lima. Esses continuam afastados.
    Disse Barroso sobre o ato de Salomão:
    "Foi uma decisão ilegítima, arbitrária e desnecessária.". Ainda de acordo com Barroso, "ele tomou essa decisão um dia antes da reunião colegiada do CNJ".
    Hardt é investigada por supostas irregularidades na Lava Jato. O Conselho vai apurar se ela e o (hoje) senador Sergio Moro (União Brasil) violaram leis da magistratura durante a operação.
    Salomão afirma que Hardt direcionou 2,5 bilhões de reais que vieram de delatores para "interesses privados". Ele sustenta que a juíza cometeu irregularidade ao homologar um acordo entre a Petrobras e a Lava Jato para que a operação administrasse uma fundação com toda essa grana.
    E olhe só que coisa: A fundação chegou a ser criada, mas foi suspensa dois meses depois.
    Para o jornalista Jeferson Miola, "há provas eloquentes de irregularidades cometidas pela Lava Jato.". Segundo o articulista, "o corregedor nacional de justiça. Luís Salomão, descreveu práticas indecentes e ilícitas dos implicados em conexão com Sergio Moro e Deltan Dallagnol."
    Miola também comentou a "atuação" na reunião do CJN que suspendeu o afastamento de Hardt e de Pereira Junior:
    "O ministro Luís Roberto Barroso agiu como advogado de defesa dos acusados e liderou a reação lavajatista. Quebrando a tradição do presidente votar por último, ele abriu dissidência em relação ao voto do ministro-corregedor e defendeu ardorosamente a juíza plagiadora do Moro, aquela adepta da prática do copia e cola".
    Para outro jornalista, Luís Nassif, "Barroso diz que não houve crime na fundação Lava Jato porque foi só tentativa" [de criar a fundação que "durou" só 2 meses].
     A próxima reunião do CNJ está marcada para 21 de maio. Nela deve ser analisado o Processo Administrativo Disciplinar que julga os procedimentos de Moro e de Hardt na Lava Jato.