O Brasil, "país do futuro", está ficando velho. Segundo o IBGE, em 1980, 4% da população tinham 65 anos ou mais. Daqui a 10 anos, esse índice será de quase 19% (18,6%), 41,5% da população. Há dois grandes motivos: Queda de natalidade (planejamento familiar) e o aumento da expectativa de vida. Na média, as pessoas estão vivendo mais.
Isso se reflete na saúde. Cada vez mais poder público e empresas particulares do setor vão ter de investir mais. A administração pública se vira cobrando mais impostos. Já as companhias privadas têm de repassar o custo para o cliente através de aumento nas mensalidades. É o caminho mais fácil. Mas alguém já pensou em... redução de custos?
Em uma grande reportagem no UOL, são apresentados os maiores problemas pra quem usa a saúde privada: queixas por mal atendimento, dívidas e processos. De acordo com o texto, são várias as reclamações. Destaco as cinco principais:
1. Gerenciamento das ações de saúde. É o comportamento da operadora quando recebe pedidos para autorizar procedimentos.
2. Reembolso
3. Prazos máximos para atendimentos
4. Rede conveniada
5. Lista de procedimentos e coberturas
Prova de que a conta sempre estoura no bolso do consumidor: Com dados do IPCA, nos últimos 10 anos, a média de reajuste dos planos chegou a quase 368%.No mesmo período, a inflação oficial bateu em 58,4%.
No resumo da ópera: A maneira de administrar os planos envelheceu no Brasil. Médicos precisariam passar por uma "reciclagem" de procedimentos. De acordo com o IESS - Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, 40% dos exames no Brasil são desnecessários. São 12 bilhões de reais por ano que poderiam ser economizados.
Como dito acima, quanto mais velho o paciente, mais caro ele custa para o sistema. E paga mais por isso. Veja a média do valor da mensalidade de acordo com as faixas etárias. A arte é do UOL.