Kassab disse "Não! Não! Não!" à pretensão do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), de ser o candidato do partido à Presidência em 2026. Gilberto Kassab é presidente do PSD e secretário de governo em São Paulo.
Um dos principais articuladores políticos do país ( o cidadão entende dos jogos de bastidores como poucos), Kassab já disse quem vai apoiar em 2026: "Lula. Dificilmente ele não se reelege daqui a três anos. Só se ele cometer muitos erros."
Bora lembrar que quem está "ciscando" pra tentar herdar a candidatura bolsonarista para 2026 é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Ele já disputou a Presidência. Foi em 1989 com a volta da eleição para o cargo, vencida por Fernando Collor. Naquele ano, Caiado fez quase 490 mil votos e ficou na décima colocação.
De volta a Ratinho Junior.... Kassab disse que o governador "chegará forte em 2030 pelo bom trabalho que está fazendo". Mas aí há um problema: Como Ratinho também quer herdar os votos da direita bolsonarista, ele bateria de frente com o próprio: Em tese, o Bozo (PL) já estará elegível, de novo, no final da década...
O Paraná (apesar de ter bons quadros na política) teve, até agora, poucos políticos que "se aventuraram" na disputa pelo principal cargo público do país. Um deles, o mais recente, é o ex-governador e ex-senador, Álvaro Dias. Em 2018 ficou em nono lugar com apenas 0,8% dos votos.
O outro foi Affonso Camargo (1929-2011) que fez longa carreira como senador e deputado federal por vários partidos. Foi também ministro dos transportes nos governos Sarney e Collor. Também no governo Collor foi ministro das Comunicações. Em 1989, tentou a Presidência, mas não passou do primeiro turno. Fez 0,56% dos votos. Ficou em décimo lugar entre os 22 (!) candidatos.
Portanto, você vê, minha amiga, meu amigo, que, para político paranaense, tentar a "sorte grande" em Brasília não é fácil. Rato Júnior pode ser "muito bom" pra grande parte do eleitorado paranaense e pra imprensa do estado. Mas entre isso e conseguir ser candidato a presidente e vencer, tem uma diferença enorme.
Talvez só um balde de água (bem!) fria na cachola do sujeito pra que ele acorde pra realidade.