Madrugada dessa quinta-feira no Rio: Três médicos são assassinados a tiros num quiosque na Barra da Tijuca. Um quarto ficou ferido. Um dos mortos é Diego Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim que é casada com o também deputado federal Glauber Braga. Ambos são do PSOL.
Os médicos estavam na cidade para participar de um congresso de medicina marcado para começar nessa quinta-feira. De acordo com o ministro da Justiça. Flávio Dino, a morte de Diego Bomfim (35 anos), Marcos de Andrade Corsato (62) e Perseu Ribeiro Almeida (33) tem como causa provável a atuação parlamentar de Sâmia e de Glauber. Devido a essa hipótese, o ministro mandou a Polícia Federal investigar o caso junto com a Polícia do RJ.
O crime: Um carro parou do outro lado da rua do quiosque. Três homens vestidos de preto desembarcaram, se aproximaram da mesa e fizeram os disparos. Em seguida, voltaram para o veículo e fugiram.
Que outro motivo teria o crime se não o de execução? Milícia agindo como a Máfia e mandando recado? Apesar de 3 dos médicos não terem ligação próxima aos deputados, teriam sido baleados "por estarem no mesmo lugar, na mesma hora".
Na "lógica do crime", matar um parlamentar federal pode representar um "peso legal" muito grande. A execução de alguém próximo parece ter o mesmo efeito: Tentar intimidar, "calar a boca" do político.
E isso, óbvio, os parlamentares não vão aceitar. Não devem se intimidar.
Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares.
