O ex-deputado (cassado) Deltan Dallagnol está de partido novo, o NOVO. Partido que prometia só "ficha limpa" em suas fileiras. E o Grupo Globo não perdeu tempo: já fez uma entrevista com o ex-parlamentar que perdeu o mandato por ser considerado ficha suja pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A Vênus Platinada flerta com Deltan depois de "descartar" o senador Moro (ex-juiz considerado suspeito pelo TSE...). A informação do "descarte" é do jornalista progressista Leonardo Stoppa. Para ele, isso ocorre depois das denúncias de Tony Garcia de que teria sido obrigado, por Moro, a ser uma espécie de "espião infiltrado" a serviço da Lava Jato para obter informações de desafetos e também espionar juízes e desembargadores:
"A Globo fez uso da imagem de herói de Moro para que ele perseguisse o Lula e destruísse as empresas nacionais. Mas agora Moro está sendo descartado pela Globo e pode ser preso."
Já Dallagnol, que busca, agora, minimizar a proximidade dele de Sergio Moro, fez as seguintes afirmações ao jornal O Globo:
"Você pode, dentro de um brainstorm ("tempestade de ideias") ir até o juiz. Existe espaço para você apresentar argumentos, receber informações. Não há nada de errado nisso".
"Várias coisas que foram feitas (o powepoint contra o Lula, por exemplo) poderiam ter sido diferentes. Poderia ter feito sem apresentação gráfica: Evitaria algumas críticas".
"A tentativa (de criar um fundo de R$ 2,66 bilhões de recursos da Lava Jato) foi um mecanismo legal que manteve no Brasil bilhões de reais que iriam para os EUA. Agora, se eu teria feito algo diferente? Sim! Teria chamado a Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União para assinarem juntos aquele termo de compromisso".
"A possibilidade de ser candidato está em aberto. Não descarto colocar meu nome à disposição para concorrer a prefeito de Curitiba."
O problema (bem grande) para Dallagnol é que ele foi cassado, por unanimidade pelo TSE, por ser considerado ficha suja. Sendo assim, ainda há o risco de ele ser considerado, pela corte, inelegível.
Seria Deltan a esperança - para o grupo de mídia global - de se manter acesa uma pequenina chama daquilo que um dia "brilhou" e se chamou Lava Jato?