terça-feira, 8 de agosto de 2023

GOVERNOS DE ESQUERDA E DE DIREITA: A CHACINA NÃO TEM PARTIDO POLÍTICO

   


     Qual a diferença entre a polícia militar de um estado com governo (teoricamente) progressista e de um estado (na prática) de extrema direita? Nenhuma! 
    Nos últimos dias o país ficou horrorizado com a chacina feita por PMs no Guarujá. O número de mortos, que não é oficial, porque nem as autoridades sabem ao certo, são "em torno" de 20 pessoas. A matança foi em retaliação ao assassinato de um policial militar. São Paulo é administrado por Tarcísio de Freitas (Republicanos)  governador que disputa o "espólio fascista" do Bozo (PL) com outro extremista de direita, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
    No Rio de Janeiro, há seis dias, a polícia matou, ao menos, 10 pessoas. A operação foi chamada de "Chacina da Vila Cruzeiro". Justificativa dos policiais: combater facções do crime. O Rio é governado por Cláudio Castro (PL). 
    Aí você pensa, minha amiga/meu amigo: "Então, PM violenta é 'coisa' de governo de direita"?
    Sim, é de governo de direita, mas não só de direita.
    Veja o caso da Bahia: Com Jaques Wagner eleito e reeleito; Rui Costa eleito e reeleito; e agora Jerônimo Rodrigues eleito, o Partido dos Trabalhadores está no poder há quase 17 anos. A legenda comemora como uma "revolução democrática". Com razão e merecidamente.
    Mas... apesar da esquerda estar há tanto tempo no poder, a polícia baiana é a mais violenta do país segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estado tem o maior número absoluto de mortes em ações policiais. Só em 2022, em confrontos com a força de segurança baiana, foram mortas 1.464 pessoas.
    O governador disse que vai apurar "casos de eventual excesso".  E que o objetivo maior é "preservar a vida".
    Belas palavras. No entanto... pelo o que todas as estatísticas apontam (independente de ideologia) as polícias parecem ter constituído um "poder paralelo" nos estados. Mais ou menos o que as Forças Armadas fazem a nível nacional. O "modus operandi", a "lei", "quem deve morrer ou viver", quem determina é o pessoal da farda. 
     Quanto aos governadores, eles vão só de "carona" nas viaturas. A direção é dos quarteis.