Um vírus se espalha pelo planeta matando populações. Nos EUA ele é chamado de "praga europeia" e muitas pessoas acreditam que o dito é levado pelo vento... Pra você ver que, infelizmente, a vida também imita a arte. A pandemia de covid-19 que o diga...
"O Último Homem na Terra" - Mortos Que Matam - (EUA, 1964) conta a história do cientista Robert Morgan (Vicent Price, o "rei" dos filmes de terror...) o tal último homem que sobreviveu porque ele é imune ao vírus. A humanidade já foi quase que totalmente dizimada. Quem ainda está "mais ou menos vivo" ou virou zumbi ou tem um "apetite" vampiresco.
A missão de Morgan é descobrir um antídoto pra acabar com esse inferno. Há 3 anos ele vaga sobre a Terra: De dia, matando, com estaca e martelo, "na toca", os vampiros que encontra pelo caminho e, à noite, se refugia em casa porque as criaturas saem em seu encalço.
Lembre que estamos no começo da década de 60. Portanto, os efeitos não são tão "especiais". E os zumbis se comportam de uma maneira tosca.
O cientista encontra seu calvário ao longo do filme (que é curto: só 1h26min): a mulher e a filha morrem infectadas. Nessa "cavalgada" solitária, Morgan tem no laboratório um outro refúgio pra encontrar uma solução para o problema.
A produção é americana e italiana. A direção é do americano Sidney Salkow que tinha, em verdade, predileção por filmes de faroeste. Mas ele conduziu bem a trama. Price, inclusive, tem uma cena memorável: Vai de uma gargalhada a um choro desesperado. Só a performance dele ao longo do longa já vale assistir.
O filme não tem lá um final muito feliz. Afinal é um misto de terror, suspense e drama.
Foi fotografado em preto e branco com a intenção de manter aquele "clima noir".
E o que é bom: Você pode assistir de graça! Está disponível no Youtube.
E tem uma versão colorizada em 4k(!) pra quem não curte P&B. Mas vale o preto e branco. A qualidade da cópia é muito boa. E, obvio. a iluminação do filme foi toda pensada para a "ausência" de cores na tela.
Cá entre nós: O título original "O Último Homem na Terra" é bem melhor que o sensacionalista brasileiro "Mortos Que Matam"...