Cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral, não há dúvida: Deltan Dallagnol (Podemos) vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal para recuperar o cargo de deputado federal. Em 2022, foi o parlamentar mais votado no Paraná para a Câmara: 344 mil votos.
Dallagnol foi eleito na onda da Lava Jato. Ao lado do senador Sergio Moro (União Brasil) formou a dupla de "xerifões" que iriam combater a corrupção no país. Mas fatos e atitudes comprovaram que o objetivo maior era prender Lula para ele não disputar a eleição de 2018. Deu certo. Mas... com o STF anulando todas as condenações de Luís Inácio e considerando Moro suspeito, Lula foi solto e, finalmente, eleito em 2022.
Mas nesse "caminho" da Lava Jato, Deltan foi alvo de 15 procedimentos administrativos no Conselho Nacional do Ministério Público. Esses poderiam virar PAD - Processo Administrativo Disciplinar e deixá-lo inelegível. Vendo "a viola em caco", o ex-procurador antecipou a exoneração. Isso foi considerado fraude eleitoral pela Justiça.
E pelo o que reza, agora, Dallagnol? Qual o "milagre" que ele espera? Que o recurso que apresentar seja analisado por algum juiz da Primeira Turma do Supremo, onde estão ministros mais "simpáticos" à Lava Jato: Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.
Que não se espere pela Justiça divina. Que a Justiça dos homens seja feita!