O alerta é do presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (SENGE), Leandro José Grassmann. Na audiência pública contra a privatização da Copel, ele apresentou um estudo técnico: A tarifa de energia pode subir até 135%. O engenheiro também mostrou que a Copel tem, hoje, a menor tarifa do Brasil porque é uma empresa pública.
Para Grassmann, o raciocínio é simples: "Para que serve uma estatal? Para prestar serviço à população. Para que serve uma empresa privada? Para gerar lucro aos acionistas e não serviços ao público!" Mais: "Quem determina a tarifa é a concessionária e não a ANEEL. A agência reguladora autoriza o aumento solicitado pela concessionária de energia. O foco do atual governo do Paraná é o lucro da empresa." Ainda: "84,4% dos lucros da companhia foram para o bolso dos acionistas. O governo paraense ficou só com 30% desse total".
Leandro Grasmann também informou: "O presidente da Copel, Daniel Slaviero Pimentel, foi uma indicação política. Ele assumiu o comando em primeiro de janeiro de 2019 pra preparar a empresa pra privatização. Pra ser uma companhia que dá lucro. Só ele recebeu, no ano passado, um bônus de desempenho de 429 mil reais".
O líder da oposição na Assembleia, Requião Filho (PT) fez o alerta: "O agronegócio, as indústrias e as famílias paranaenses precisam entender. Copel privatizada vai significar conta de luz mais cara para todos."
Participaram da audiência, além dos deputados, sindicalistas, trabalhadores, estudantes, profissionais liberais e o ex-governador Roberto Requião (PT).
(Foto deste texto: Eduardo Matysiak)