Pensamento número 1: Rato JR (PSD) "rodou a baiana" e deu um "ultimato" ("meda!") ao governo Lula (PT) sobre os pedágios. O Palácio do Planalto "tem só" até 31 de março pra responder se aceita o modelo de concessão de pedágios proposto pelo Palácio Iguaçu (ainda em parceria com o ex-governo Bozo...). Caso não haja entendimento, Rato ameaça não delegar à União as rodovias estaduais que representam 1/3 do total de quilometragem a ser concedido à iniciativa privada. Como diria Renato Aragão: "Que audácia!" Onde está a "treta"? A oposição estadual garante que o modelo de Ratinho iria deixar a tarifa mais cara. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB) aparentemente foi convencido disso e já declarou que é preciso "mexer" na proposta...
Pensamento número 2: O ministro dos Cavalos, quer dizer, das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), fica - por enquanto- no governo. A decisão é do presidente Lula (PT). Lula gosta muito de futebol e , pra usar uma expressão do esporte, "o presidente trocou um gol por um cartão". Explico pra quem não tem "intimidade com o mundo da bola": Quando um atacante avança prestes a fazer um gol, ele é derrubado por um defensor. O zagueiro leva o cartão, mas evita o gol. É mais ou menos isso: Luiz Inácio manteve o ministro (acusado de irregularidades em diárias), mandou ele andar "na linha" a partir de agora, e - aparentemente - garantiu o apoio do partido de Juscelino no Congresso. Afinal, político nenhum (com sanidade mental) desperdiça 59 deputados e 10 senadores (se todos colaborarem...) em começo de governo.
Pensamento número 3: A denúncia de trabalho análogo à escravidão nas vinícolas gaúchas (Aurora, Garibaldi e Salton) é só uma "gota de vinho" no grande tonel da mão de obra ilegal no Brasil. Nos últimos 10 anos, o número de denúncias no país aumentou mais de 100%. A informação é do Ministério Público do Trabalho. Em 2012 (governo Dilma - PT) foram 857 denúncias. Em 2022 (governo Bozo - PL) foram registradas 1.973. Ou seja, a medida que o governo caminhou para um perfil ultraliberal (Temer e Bozo) só cresceu o trabalho semelhante à escravidão no país. Em tempo: as vinícolas do Rio Grande do Sul afirmam que "desconheciam" esse tipo de trabalho em suas terras porque os trabalhadores eram terceirizados. E que "condenam" a prática. Mas sempre é bom lembrar: Quando a CONTRATADA não assume os encargos trabalhistas e o tratamento minimamente humano para os empregados, a responsabilidade é da CONTRATANTE.
(foto: Agência Brasil)