Itaipu é a segunda maior hidrelétrica do mundo. A primeira é a usina de Três Gargantas no rio Yang Tsé, na China, em operação desde 2008.
Construída entre 1975 e 1982, Itaipu - como o universo sabe - é uma empresa binacional entre Brasil e Paraguai. Ou seja, há um diretor-geral brasileiro e um diretor-geral paraguaio. Por aqui, nos acostumamos a chamar o diretor-geral de "presidente".
Muito que bem. Por tudo o que é e representa, Itaipu é de extrema estratégia para a economia e a segurança nacional. Apesar de ser uma estatal, pode ser vista como um Ministério. Ou seja, nomear diretor-geral é como nomear um ministro.
É preocupante notar que já se passaram 25 dias do mandato de Lula (PT) e até agora ele não se manifestou sobre quem pretende colocar pra dirigir a empresa. O cargo está sendo ocupado por um militar nomeado há um ano, ou seja, ainda por Bolsonaro. É o almirante Anatalício Risden Junior. Um remanescente da militarização que o Bozo impingiu ao governo.
Ser diretor-geral de Itaipu dá status, reconhecimento profissional e político e um bom resultado no bolso: Por ser binacional, o salário é pago em dólar. A empresa não é muito transparente quando se trata de revelar quanto um diretor ganha. Mas um último levantamento,há poucos anos, revelou que era em torno de 70 mil reais por mês.
Nada mal se levarmos em conta que o salário do presidente da República é de R$ 30.934,70.
O que se comenta naqueles "cafezinhos amigos" de bastidores é que Lula só deve definir o próximo diretor-geral depois da eleição da presidência da Câmara dos Deputados, o que vai acontecer só em fevereiro. Seria pra saber como ficariam os apoios ao governo dele. A partir daí, entregar o cargo a quem estivesse "afinado" com o Palácio do Planalto.
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