"Vivo em uma das cidades com o maior número de células neonazistas do país. Aqui, bolsonarismo namora com o nazismo. E não é exagero nem teoria da conspiração dizer isso".
Palavras de Carol Dartora (PT), historiadora, a primeira mulher negra eleita deputada federal no Paraná. Ela conseguiu impressionantes 130 mil votos. Isso realmente impressiona em Curitiba, uma cidade conservadora. Carol que é vereadora, também foi a primeira negra eleita para a a Câmara Municipal da capital do Paraná.
Ao UOL, disse mais. Falou, também, sobre o racismo no estado:
"A população negra no Paraná é de 30%. Em Curitiba, 20%. Mas o racismo e o processo de exclusão foi tão pesado que a população negra curitibana, que já chegou a 40%, caiu pela metade. As barreiras vão desde agressões por questão racial ao racismo na escola, ao Uber não parar porque a pessoa é negra, o porteiro não abrir quando tem uma pessoa preta na porta. Isso fez com que as pessoas fossem embora."
Sobre o trabalho que pretende fazer em Brasília, ela disse:
"Quero participar da revisão da Lei de Cotas. Aprovei em Curitiba a Lei de Cotas para os serviços públicos municipais, inédita na cidade, pois para uma vereadora de oposição é muito difícil aprovar projetos de lei. Esse é embasado em vários estudos para a revisão da lei das cotas nacionais. Vai ser uma honra participar disso e ver essa luta avançando contra o racismo estrutural."