A Netflix (que já foi o "xodó" dos moderninhos, quando surgiu) também é misteriosa. Assim como outros canais de streaming, tem um monte de "bombas". Mas, garimpando a gente encontra coisas boas. Ou ótimas. É o caso de "Um Homem Misterioso" (The American", 2010). George Clooney comprou os direitos do livro para o cinema, produziu e contratou o diretor Anton Corbijn.
A história começa na Suécia e rapidamente muda para o interior da Itália, onde é realizada a maior parte da produção. Jack (Clooney) é um competente produtor de armas de fogo artesanais. Trabalho sob encomenda. Devida a natureza extremamente arriscada do trabalho que "executa" (nos dois sentidos...), arranja inimigos bem poderosos que começam a persegui-lo.
Na pequenina cidade de Castel Vecchio espera encontrar a paz para fazer o que seria a "última encomenda" antes da aposentadoria. Vai em busca da paz e descobre uma paixão na prostituta Clara (Violante Placido). De quebra conhece o padre Benedetto (o ótimo Paolo Bonacelli) que logo percebe: "Suas mãos não são de fotógrafo como diz. São de alguém que trabalha com mecânica".
Benedetto ainda dá um conselho pra ele: "O jornalismo nunca vai fazer de você um homem rico". E também afirma: "O inferno é um local sem amor".
Um suspense que se constrói com silêncios e olhares que "falam" muito.
Uma curiosidade: Na Itália, o filme foi rodada na região de Abruzzo. Clooney escolheu esse lugar para ajudar a população que sofreu com um terremoto em 2009.
Não "dê a vítima", ensine a atirar