Aos 91 anos morreu, nessa terça-feira na Suíça, onde morava, o cineasta Jean-Luc Godard, ícone do movimento "nouvelle vague", a "nova onda" do cinema francês que veio dar na praia das salas de exibição no começo dos anos 60. Numa definição rápida e pouco acadêmica, dá pra dizer que a "nouvelle" surgiu como uma vontade de jovens diretores de transgredir as regras "conservadoras" da sétima arte.
Mas se Godard ficou conhecido como o "pai da matéria", ele não estava sozinho nessa história. Outros realizadores também se destacaram: Claude Chabrol, Alain Resnais e François Truffaut.
Grande marco da obra de Godard é "O Acossado" (1959). Com técnicas experimentais como "uma ideia na cabeça e uma câmera na mão" e propostas de montagens que fugiam do tradicional, Godard consolidou o movimento. Só na época da "Nouvelle Vague", nos anos 60, fez 15 filmes.
Entre tantos prêmios, recebeu o Oscar honorário em 2010. Ganhou um Urso de Ouro e dois Ursos de Prata em Berlim. Em Veneza, venceu duas vezes o Prêmio do Júri. Foi agraciado com um Leão de Ouro e um Leão de Ouro honorário também em Veneza.
Em uma frase o cineasta definiu o ofício de fazer filmes:
"Cinema é a fraude mais bonita do mundo".
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