Os boletos devem estar chegando - e de baciada - para Mel Gibson. Só pode ser isso pra ele embarcar nessa "canoa furada" (a principal parte da história se passa numa ilha) e interpretar um psiquiatra "excêntrico" (eu diria beberrão... vai traçando todo tipo de birita que pinta na frente dele...) que trata um ex-fuzileiro, ex-presidiário, sociopata (interpretado pelo filho de Clint Eastwood) com uma carga robusta de antidepressivos.
O bicho pega quando o sociopata vai pra tal ilha onde o irmão dele tinha uma pousada. "Tinha" porque o rapaz é encontrado morto. Aí o roteiro de suspense vira um "banzé no oeste" porque ao chegar lá ele é preso pelo sheriff local. Como se não bastasse, uma gangue de mercenários aparece numa bela noite pra "acertar as contas" com o irmão morto que devia para um agiota que emprestou uma grana pra ele fazer a pousada.
Na verdade, os "bad guys" estão atrás de outra coisa. Um "segredo " valioso que o dono da pensão escondia.
Mas tem mais! Uma agente do FBI está no encalço do nosso "amigo" sociopata porque ele violou a condicional pra ir à ilha.
Você já viu que o roteiro tem mais furo do que os corpos cravejados de balas de pistolas, rifles e metralhadoras.
E, por fim, ainda me pergunto: Como é que o diretor David Hackl também embarcou nessa? Ele que fez o ótimo "A Árvore da Vida", em 2011, com Brad Pitt, Jessica Chastain e Sean Penn? Se bem que... se você ver a cinebiografia dele, vai notar que "A Árvore" deve ter sido uma exceção em meio a tantos filmes "bombas".
Não perca 1h39min da sua vida vendo "Instinto Assassino" (2021). Eu já perdi por você!
Visto na Netflix. Ah, dona Netflix... também tem umas coisinhas bem ruins, hein?????
