A partir de 4 de julho próximo e até 31 de dezembro de 2022, é proibido qualquer ato (inclusive concurso) do poder público que implique em "aumento de despesa com pessoal" nas "esferas de poder" nas quais vai acontecer a eleição desse ano: União, estados e Distrito Federal.
Aí o que faz a gloriosa Assembleia Legislativa do Paraná? Para não ser "pega de calças curtas" pela legislação eleitoral (ou seja, não perder o prazo de contratações...) em apenas (e tão somente!) uma tarde, nessa segunda-feira, 2, votou e aprovou "a toque de caixa" a criação de 542 novos cargos comissionados. Mas os deputados não foram "gulosos". Nesse total também estão cargos para o Tribunal de Justiça e o Ministério Público.
É aquela história: Arrumando direitinho, tem pra todo mundo. E ninguém reclama.
Quanto isso vai custar para o erário público? Mais 102 milhões de reais/ano. Ou seja, que vai sair do bolso do povão. Quer dizer, do nosso bolso de contribuintes...
A votação foi tão bem amarrada que o projeto já segue direto para a sanção (aprovação) do governador Ratinho Junior (PSD).
Ficou assim a distribuição dos cargos e a despesa a mais - por ano - que eles vão causar ao povo paranaense:
Assembleia Legislativa - 121 cargos. Custo: R$ 31 milhões
Tribunal de Justiça - 160 cargos. Custo: R$ 41 milhões
Ministério Público - 261 cargos. Custo: R$ 30 milhões
O projeto foi aprovado por, pelo menos, 30 deputados dependendo da matéria em discussão. Os contrários foram em torno de 14 parlamentares.
Que bom ("kibon") se a assembleia paranaense votasse e aprovasse com tanta rapidez outros projetos realmente de interesse público.
E, por favor... por menos "sessões da tarde" como essa...