A operadora "entrou no ar" em agosto de 2020, em "plena" pandemia ( Ô, meu pai, não tinha época pior!). O investimento inicial chegou a 30 milhões de dólares (algo em torno de 150 milhões de reais) e a sede era em Uberlândia, interior de Minas Gerais. O sinal da "BluTV" já atingia 53 municípios brasileiros e a meta, até 2025, era oferecer o serviço a 5 milhões de pessoas.
A propaganda da empresa era curiosa: "revolucionar o mercado de TV por assinatura, sem asterisco ou pegadinhas". A mensalidade era de R$ 39,90 oferecendo mais de 100 canais. Mas, em qualquer negócio existe uma rega básica: É impossível entregar qualidade a preço baixo. Como diz aquele tiozinho, velho padeiro: "Eu não posso vender o pão muito barato se o trigo tá caro. Tenho que repassar os custos. Se não a conta não fecha, opah!".
Agora você imagine um mercado como o de televisão que tudo é calculado em dólar e o consumidor (assinante) recebe salário em real. O dólar disparando nesses últimos anos de governo do Messias e o custo da operação indo lá pra cima! Muitos assinantes perdendo o emprego. Primeira coisa que a pessoa faz é cortar coisas como TV a cabo...
A conta da BluTV não fechou. Infelizmente para a empresa e, principalmente, para os assinantes que ficaram sem um sinal pelo qual estavam pagando. A Justiça determinou a falência da operadora que pertence à empresa brasileira 1 Sat Telecomunicações fundada por investidores estrangeiros.
Em setembro do ano passado, segundo o portal "Na Telinha", a BluTV já havia entrado com pedido de recuperação judicial. Mas, agora, não teve jeito. Como se diz no jargão televisivo, a Justiça "derrubou o sinal" da empresa:
"A empresa não tem qualquer condição de continuar a exercer os atos de comércio; seja pela inviabilidade das atividades produtivas em decorrência do significativo aumento do passivo; seja pelos baixos indicadores de liquidez e aumento do índice de endividamento, seja pelo produto desenvolvido frente ao mercado atual".