Na escola, em sala de aula, quando a gente fazia aviãozinho de papel, levava "pito" da professora. Por isso, a "tática" era: Espera a professora virar de costas ("dixcostas", como diria o seu Boneco na Escolinha do Professor Raimundo...) e "lançava" a pequena aeronave de papel.
Hoje não sei se a criançada ainda "apronta" esse tipo de coisa. Mas tem jornalista (!) que faz isso. E, sem vergonha, não em sala de aula, mas no estúdio e ao vivo! Não vi. Fiquei sabendo através de um amigo que mostrou a imagem.
"Não vi" e "não vejo" telejornais há um bom tempo. Motivos como esse me afastaram da "luz da sala" (saudade do Dalpícolo!) quando está "passando" um jornal. Aliás, TV aberta - em geral - está fora do meu cardápio.
Chefes incompetentes e repórteres/apresentadores "descolados" querem transformar quem aparece na telinha em "amigões/amigonas da galera". É o "falso gente boa" que tem muito por aí.
Notícia? É só um detalhe num jornal.
Além da "prática" de soltar aviõezinhos pra fazer "bagunça", também tem a turma da cozinha. Um pessoal louquinho pra ficar fazendo/mostrando receitas culinárias.
Bora lembrar que nos anos de chumbo, na época da "censura braba", de um governo de milicos que prendia e arrebentava, os jornais eram proibidos de dar determinadas notícias. O que os bravos jornalistas daquele tempo faziam, então? Em protesto, publicavam receitas culinárias na primeira página. Era, também, um jeito de dizer ao público, que a informação "quente", importante, não podia ser publicada.
Hoje, apesar do desgoverno que temos, mas que ainda não chegou ao ponto de proibir a imprensa de criticar, o que fazem os jornalistas? Por livre iniciativa, por acharem que é "legal", tomam - eles - a iniciativa de ficar dando receitas de cozinha.
É a receita do mau jornalismo.
Tem, ainda, o "jornalismo fada sensata". É o jornalismo "construtivo", o noticiário "edificante"...
E pensar que foi por vocês que Wladimir Herzog morreu.