A informação é da revista Forbes, que faz o ranking dos bilionários: os irmãos João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu estão mais ricos. Bem mais ricos. A fortuna do trio Marinho é avaliada em 6,6 bilhões de dólares. Ou seja, 2,2 bilhões para cada irmão, o que, em moeda brasileira, dá a bagatela de 10,4 bilhões de reais para cada um.
Mas o "capitalismo à brasileira" tem algumas curiosidades: A grana cresceu bastante, apesar do prejuízo de 173,8 milhões de reais da TV Globo no ano passado. Pra você ter uma ideia, em relação ao balanço de 2021, a família está 1,2 bilhão de dólares mais rica.
Donos mais ricos, com empresa "mais pobre"? Como é isso? Segundo o jornalista Guilherme Ravache, a explicação é simples: É que os negócios dos irmãos não se resumem à TV aberta. Essa, como fonte de renda, inclusive, tende a perder importância. A menina dos olhos dos meninos agora tem outro nome: Globoplay. Os executivos acreditam que o futuro está no streaming e apostam todas as fichas nisso.
E não é só. Sempre se associou o sobrenome Marinho à Globo. Mas João, José e Roberto têm outros negócios: Buser (plaraforma de viagens de ônibus); Bom Pra Crédito (marketplace de crédito); Kovi (aluguel de carros): Liv Up (alimentos congelados): Enjoei (brechó online); Órama (plataforma de investimentos): Em Casa (negócios com imóveis).
Essa possível "queda" da Globo é só pra "animar" a oposição ao Grupo. Quebrar, a empresa dos Marinho não vai. Podem tirar o cavalinho da chuva do ensolarado Rio de Janeiro.
Enquanto cai o faturamento da emissora, os empresários investem em outras áreas. Podem não ser bons de jornalismo, mas têm um faro para os negócios como poucos.
No "capitalismo à brasileira", onde, por vários motivos, quem se sacrifica primeiro é o trabalhador que perde o emprego - e o patrão fica cada vez mais rico - o futuro parece apontar:
A TV Globo deve virar apenas um "braço político" para a família. Ali ela vai defender seus interesses econômicos e políticos.
O negócio para ganhar dinheiro vai ser outro.