"Estou aqui vestido de verde e amarelo porque é o meu jeito. Minha forma de me comunicar. Alguns me chamam de papagaio... mas faz parte da convivência..."
"Essa é a casa de Rui Barbosa. Senhor senador, o senhor me respeite. Essa é a casa do povo. Os senhores são senadores e eu sou um cidadão com todos os meus direitos. Sou comerciante, vendedor."
"Os senhores não estão apresentando provas contra mim. Esses vídeos são narrativas. Não são provas. O vídeo pode ter apenas parte de uma história."
São declarações de Luciano "Véio da Havan" Hang, dono da rede de lojas Havan, na CPI da Covid. O bolsonarista aproveitou cada instante pra usar os parlamentares como "escada" pra falar sobre o sucesso dos negócios dele; fazer "merchan" da loja; divulgar quanto gasta com publicidade (mais de 200 milhões de reais/mês); e que o faturamento dele é de 30 milhões de reais por dia.
Sobre a mãe dele, afirmou: "Não menti sobre a morte da minha mãe. Sobre o prontuário da morte dela, estava tudo certo. Cuidado com quem vocês ouvem. Alguns médicos e advogada podem dar resposta errada. Cuidado!"
Sobre o tratamento da mãe dele, Hang disse:
"Eu vou desenhar pra vocês que não entendem! Tratamento preventivo é uma coisa. Tratamento inicial é outro".
" Por que eu levei minha mãe pro hospital da Prevent Senior? Porque foi indicação de médicos amigos".
O que chamou a atenção, ainda, foi a "iniciativa" dele de tentar "ditar o ritmo" da sessão da CPI:
"Senhores, tenho todo o tempo do mundo. Se quiserem fico aqui até de madrugada. Mas me perguntem direito. Façam as perguntas de forma correta."
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM) tascou: "O seu ego está nas alturas. A proximidade com o poder deixou o senhor arrogante. Se usasse essa influência pra ajudar a salvar vidas, muita gente estaria viva agora. O senhor gosta de fazer show. É ator".
