Dá pra dizer que ele funcionava como um relógio suíço. A batida era perfeita. As "viradas" nas músicas aconteciam de forma precisa. Foi baterista da maior banda de rock do planeta, The Rolling Stones. Mas tudo começou com outra paixão musical: o blues. Tocou na primeira banda britânica formada só por músicos brancos que eram apaixonados pelo blues, ritmo negro dos EUA. O início foi na "Blues Incorporated Band" no comecinho dos anos 60. Lá, dois amigos que também eram "blueseiros" viram o rapaz tocando e decidiram convidá-lo para outra banda que surgia: Mick Jagger e Keith Richards "compraram o passe" de Watts e o levaram para os Rolling Stones. O resto, como sempre se diz...., é história.
Fato é que esse senhor que completou 80 anos em 2 de junho de 2021, tinha outro amor na música: o Jazz. Esse ritmo o trouxe ao Brasil em 1992. Três cidades foram as escolhidas para as apresentações da banda: Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. Na capital paranaense, o stone tocou jazz no Teatro Guaíra.
Foi o mais elegante, o mais cool, o mais tímido dos stones. Se você pensar no comportamento do restante da banda (Mick Jagger, Keith Richard e Ronnie Wood) pode ficar se perguntando: "Mas o que o Charlie Watts está fazendo ali?". É a amizade que vinha desde 1963. Era, também, o amor à música e ao rock, em particular.
O mundo adora fazer listas de melhores em tudo. OK...lá vai: Charles Watts foi o melhor baterista? Difícil dizer, porque é difícil afirmar, também, quem foi o "guitarrista nº 1".... o "baixista melhor de todos".... Na bateria, Watts, com certeza, está entre "os melhores dos melhores". E tem uma vantagem: Ótimo no rock. Ótimo no blues. Ótimo no jazz. Único. Mágico.
Três frases do artista:
“Há sempre uma hora certa para realizar as coisas.”
“Dinheiro é uma coisa muito útil de se ter. Na verdade, quanto mais você ganha, menos parece que você toca.”
“Rock and roll provavelmente deu mais do que levou.”
A arte de ser "cool" é para poucos
O Jazz foi uma das paixões
