O estudo é do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo) em parceria com a Universidade de Barcelona. O levantamento ainda precisa passar por uma revisão de outros cientistas, mas já dá um bom panorama de como a pandemia é enfrentada no Brasil pelo poder público.
De acordo com o estudo, municípios com prefeitas tiveram 43% menos mortes no Brasil do que aqueles governador por homens. Os pesquisadores fizeram a seguinte triagem: Selecionaram os 1.222 municípios - que tiveram eleição à Prefeitura realizada em turno único e que o primeiro e o segundo colocados fossem de gênero diferente. Isso limitou a análise a municípios de até 200 mil habitantes.
Aí houve novo refinamento: Considerar apenas aqueles em que a corrida eleitoral foi acirrada (margem de vitória menor do que 10 % para a candidata ou o candidato): 700 localidades.
Depois da realização de estudos sócio-econômicos, se concluiu que: municípios com prefeita tiveram uma média de 25,5 mortes por 100 mil habitantes a menos do que aqueles administrados por homens. Uma diferença de 43,7% na mortalidade. Internações por causa da covid: 30,4% a menos.
Os cientistas também concluíram: Se todos os 5.568 municípios brasileiros fossem administrados por mulheres, o país teria 15% menos mortes do total que já passa de 540 mil vítimas fatais.
Mas por que cidades comandadas por mulheres tiveram esse resultado melhor? Um motivo é bem simples (e é um dos fatores essenciais para enfrentar o coronavírus): Elas obrigam mais o uso de máscaras. Nesse "quesito", elas superaram em 8% os prefeitos. Também foram mais rigorosas na obrigatoriedade de testes para entrar na cidade e na proibição de aglomerações.
Com informações da BBC News Brasil que traz mais detalhes do estudo.
