“Querem me culpar pelas 200 e tantas mil mortes. O Brasil é o 20º país do mundo em mortes por milhão de habitantes. A gente lamenta? Lamentamos. Mas tem outros países com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), renda e orçamento melhor que o meu em que morre mais gente”.
Essa foi a fala do Messias para apoiadores no fim da tarde dessa terça-feira. Para ser exato: ele deveria ser responsabilizado, pela precisão da informação, por 257. 361 mortes. Número total "fechado" até ontem, 2 de março. Por que é o maior culpado? Em primeiro lugar porque é a autoridade máxima do país. Sendo assim, primeiro "desdenhou" a doença, dizendo que era uma "gripezinha". Depois veio com aquela loucura de uso de cloroquina (sem comprovação científica nenhuma no combate à covid-19). E como ele pode "receitar" não sendo profissional da área médica? Ah, já sei, é formado pela Universidade Facebook...
Aí resistiu o quanto pôde pra "autorizar" a compra de vacinas. Se lá pela metade de 2020 tivesse permitido contratos com os laboratórios, hoje teríamos milhões de doses sendo aplicadas nos brasileiros. A coisa só não está pior porque o governador Doria tomou a iniciativa de fazer uma parceria com os chineses pra importar a coronavac...
O capitão cloroquina também tem culpa (e muita!) ao ficar incentivando o "funcionamento normal da economia". Ele é contra o distanciamento social e causa (de forma deliberada) aglomerações por onde passa....
A "última" (nunca vai ser a última...) dele foi fazer campanha contra o uso de máscara. Numa "live", largou essa fake news:
"Pessoal, começam a aparecer estudos aqui, não vou entrar em detalhes, né, sobre o uso de máscaras, que, num primeiro momento aqui, uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais a crianças".
Claro que ele não entra em detalhes porque não tem informação séria nenhuma...
E agora, na pior fase da pandemia, surge outro dado chocante: A covid causa uma em cada quatro mortes "naturais" no Brasil. Está entre aspas porque não deveria ser "natural" morrer da doença. Tecnicamente pode ser correto. Mas deixa de ser "natural" quando não se investe na prevenção da doença.
