Morreu nessa quinta-feira em Curitiba, o jornalista, jurista e professor René Ariel Dotti. Ele estava com 86 anos e foi vítima, segundo a família, de uma parada cardíaca.
Trabalhou no Jornalismo, mas foi no Direito que fez uma carreira de sucesso. Preocupado com os direitos humanos, lutou contra a ditadura militar defendendo as vítimas da opressão. Entre elas: estudantes, professores, sindicalistas e jornalistas. Professor, colaborou com o ensino jurídico sendo autor, entre livros e teses, de pelo menos 12 obras.
Advogado especialista em Direito Penal, entre seus trabalhos estão:
--- Coautoria do anteprojeto de reforma da Parte Geral do Código Penal de 11.07.1984.
--- Coautoria do anteprojeto da Lei de Execução Penal do Brasil de 11.07.1984.
--- Relatoria do anteprojeto de nova Lei de Imprensa (Comissão da Ordem dos Advogados do Brasil) publicado em 11.08.1991.
--- Foi integrante da comissão para a reforma do sistema eleitoral em 1995.
--- Foi presidente da Comissão Especial de Estudos do projeto do Novo Código de Processo Penal, criada em 2010.
--- Foi presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
---No governo de Álvaro Dias (1987-1991) foi secretário de Cultura do Paraná.
Nos últimos anos participou, como advogado, de pelo menos dois casos polêmicos:
Defendeu o ex-deputado Carli Filho no caso do acidente de trânsito que causou a morte de Gilmar Yared e Carlos Murilo Souza, em 2009. Participou na defesa da Petrobras nos julgamentos da operação Lava Jato.
Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná em 1958, Dotti deixa a mulher, Rosita, duas filhas e quatro netos. Ele deu aula em várias universidades e era dono do "Escritório Professor René Dotti" desde 1961.
Em 2019, contou, num vídeo, que a grande paixão da vida dele, na infância, era o circo. Era assistir aos espetáculos de palhaços, mágicos, equilibristas, bailarinas. Uma de suas frases preferidas era a da cantora Marisa Monte, que une o mundo do circo e a vida:
“O mundo é uma escola, a vida é o circo”.
(fonte: internet)