Como dizem os "analistas" de futebol, jogo se ganha "no detalhe" e se perde "no detalhe". Se for assim, o Santos perdeu o título da "Liberta" (é a Libertadores da América para os íntimos) em dois detalhes.
Num jogo sem qualquer emoção, o "melhor" ficou para os acréscimos. Primeiro o técnico do Santos, Cuca, quis dar uma de "malandro" e segurar a bola pra "retardar" a cobrança de lateral para o Palmeiras. Resultado: Agarrou a bola e acabou se envolvendo num tombo ridículo junto com o jogador Marcos Rocha, do Palestra. O juizão Patrício Loustau (da Argentina) não teve dúvida e "meteu o vermelho" no treinador. No desespero, ao ver o Peixe "morrendo na praia", Cuca, pateticamente, ainda fazia sinal para o árbitro pedindo pra ele olhar o VAR. Olhar o VAR? Não precisa ser especialista em linguagem labial pra entender que o técnico dizia: "Professor, olha o VAR, por favor!".
Segundo ato: Jogo que segue, depois do quiprocó, Rony acerta um longo cruzamento para a cabeçada "fulminante" do atacante Breno Lopes. Palmeiras 1 x 0 Santos. O "Porco" é bicampeão da América. No gol está o detalhe: Quando a bola veio pra área pelo alto, o lateral Pará, que marcava Breno, pulou só uns 10 centímetros para tentar alcançar a pelota. Parecia sem forças, parecia que havia tomado uma "sopa de cimento" no almoço e pesava uma meia tonelada. O palmeirense subiu uns "10 metros", meteu a cabeça na bola e saiu para o abraço...
Duas coisas: Cuca fez uma ótima campanha com o Santos. Não dá pra tirar os méritos dele por uma pixotada (da qual deve estar profundamente arrependido). O treinador mostra que ainda "tem lenha pra queimar" no futebol. Só não dá pra tentar fazer função dupla: treinador e gandula.
E Pará não pode ser crucificado pela jogada do gol. Falhou. Precisa repensar os métodos de treinamento. Melhorar a impulsão. Fazer aquele exercício tipo "trampolim de piscina".
E não vamos esquecer da presença de público no Maraca: Onde já se viu, na pandemia, com o coronavírus "comendo solto", as autoridades cariocas autorizarem a presença de público. Dizem que eram uns 5 mil torcedores. Mas estava todo mundo aglomerado num estádio imenso com capacidade para 78.828 pessoas. Não deveriam estar lá. Mas se estavam, que fossem beeeeem espalhados.
Breno lembrou os bons tempos de "beija-flor" de Dadá Maravilha. Já o Pará...
