Avarento, sovina, ganancioso, materialista, sem educação, sem piedade, sem ternura, sem sentimento, sem compaixão e sem simpatia. E dá pra enumerar "n" outras características de Ebenezer Scrooge. Ele é um empresário idoso com todas essas "desvirtudes", que detesta o Natal e que, por isso mesmo, na noite do dia 24 de dezembro, recebe a visita de 3 espíritos (do passado, do presente e do futuro) que lhe dão uma baita lição: Eles levam o velhote ranzinza numa viagem através da vida dele para que ele abra coração e mente para coisas muito mais importantes do que dinheiro: Família, amor e amigos.
Essa é, basicamente, a história do livro "Um Conto de Natal" escrito pelo inglês Charles Dickens em 1843. Também virou filme. Algumas versões. Uma das melhores (se não for a melhor...) é a de 1984 com George C. Scott (numa intepretação magistral) fazendo o papel do velhinho rabugento.
O filme foi todo rodado numa aldeia histórica inglesa: Shrewsbury.
Vamos pensar no presente, em 2020: Há empresários bons, patrões bons? Sim, há! Mas uma grande parte é formada por seres que só pensam no lucro, em ganhar, ganhar, ganhar. Ignoram, totalmente, a função social de uma empresa: gerar empregos (principalmente) e pagar impostos que ajudam a manter serviços públicos.
São muitos os "Scrooges" que vemos por aí. Tratando mal os empregados, pagando mal os empregados. Muitas vezes mandando embora os funcionários e ainda por cima nessa época de Natal. Para eles, "colaboradores" são apenas números, não seres humanos.
Talvez fossem precisos bem mais do que 3 espíritos para "colocar luz" na cabeça desses patrões. Mas uns 3, como no filme, já seriam um bom começo.
Dá para salvar uma alma do materialismo? Dickens diz que dá.
Então, senhores e senhoras patrões e patroas, arrependam-se enquanto ainda é tempo!
E um Feliz Natal!