No segundo turno da eleição presidencial de 2018, um total de 30,9% dos eleitores não votaram em nenhum dos dois candidatos: 9,6% escolheram anular o voto ou votar em branco. Outros 21,3% (!!!) nem compareceram à urna. É a chamada "abstenção". E todo mundo sabe o resultado que deu. Muitos, muitos desses 30,9% com certeza lamentam o governo que têm. Mas não fizeram nada pra tentar mudar a história. Não dá pra alegar que os candidatos "eram a mesma coisa". A diferença entre eles era gigantesca. Aliás, não tinham nenhuma semelhança...
Sim! É democrático a pessoa escolher não votar, não eleger alguém. Mas, Bora Pensar! Mesmo que você não vote, um dos candidatos vai se eleger. E pode ser o pior da disputa. Portanto, numa situação como essa, o ideal é votar, pelo menos, naquele que pra você é o "menos ruim". Ficar de braços cruzados não vai adiantar nada. E o que você "menos queria" acaba sendo o escolhido....
O que aconteceu em 2018 pode se repetir em qualquer eleição. Vejamos a eleição para a Prefeitura de Curitiba em 2020. Um candidato está quase ganhando no primeiro turno. De acordo com o Ibope, ele tem 47% dos votos válidos. Mas...a quantidade de eleitores que pretendem votar branco e nulo é alta: 15%. Ainda tem aqueles que não sabem ou não decidiram que somam 10%.
Quer dizer: 25% dos votos estão aí, "sem destino". À espera, quem sabe, de algum candidato que os conquiste. Esse percentual pode decidir a eleição ainda no primeiro turno ou, quem sabe, levar para o segundo turno.
A quantidade de candidatos é grande: São 16. E vão da extrema esquerda à extrema direita. Não dá pra dizer que, entre eles, não existe nenhum com o qual o eleitor não se identifique pelo menos ideologicamente.
Ainda tem tempo pra pesquisar os nomes e as propostas. A eleição é só em 15 de novembro. O que não dá é pra ignorar, ficar em cima do muro. O voto é um direito de todo cidadão. Se você não votar, alguém "vota no teu lugar". E o resultado pode ser pior do que você imagina...
