Uma coisa sempre ficou bem clara: o projeto político do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, sempre foi "a nível federal": Ou ser candidato à Presidência da República, ou ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Candidato à presidente é uma grande possibilidade. Mas, o "sonho" de chegar à Suprema Corte parece, por enquanto, adiado, em razão da briga dele com o ex-capitão, atual comandante do Planalto.
Agora, o Blog da Cidadania me informa que o governador de São Paulo, João Doria, quer levar o ex-juiz da Lava Jato para o PSDB. A engenharia política seria a seguinte: Como a quarentena de Moro (da saída do governo federal) está acabando, ele poderia assumir a Secretaria de Justiça e Cidadania do estado. Ou.... a Secretaria de Segurança, e quem sabe, ainda, um cargo com função consultiva. Fato é que Doria quer ter o ex-ministro ao lado dele.
Todo mundo sabe, também, que João Doria quer ser candidato a presidente da República. Mas o tucano trabalha para "eliminar" um potencial adversário na eleição de 2022, no caso, Moro, convidando-o para a equipe dele. Os dois "brigariam" pela mesma fatia de eleitorado: de centro-direita.
Vaidoso do jeito que é (e sabendo de sua grande popularidade entre os brasileiros conservadores), o ex-ministro da Justiça precisaria ser "convencido" a abrir mão da candidatura ao Planalto em 2022. Difícil. Qual seria o "prêmio de consolação" pra isso acontecer? Ser candidato ao Palácio dos Bandeirantes?
Mas aí, meu amigo e minha amiga, precisaria "combinar com o russo", no caso, Sergio Moro. "Russo" é o apelido com o qual se referiam ao ex-juiz, os procuradores da Lava Jato em mensagens reveladas pelo "The Intercept".
