Mas Waters lembrou de um fato que aconteceu em Curitiba. O show - no estádio Couto Pereira - foi na véspera da eleição presidencial. Naquele sábado estavam proibidas (pela legislação eleitoral) manifestações políticas depois das 10 da noite. Como o artista aderiu a campanha do #ELENÃO, foi ameaçado pela polícia de "ir em cana". Veja como o músico relata o fato:
"O chefe de polícia local disse que me levaria para a cadeia caso eu fizesse algum tipo de manifestação após as 22h ( horário legal do fim de campanhas políticas ). “É uma promessa”, ele disse. Perguntei: “E antes das 22h?” — ri Waters, que tinha encontrado Mônica Benício, viúva da vereadora Marille Franco, assassinada, junto com seu motorista, em março daquele ano. — Ela me disse que havia regras muito restritas sobre o que poderíamos ou não fazer no palco. Eu me vi em uma situação de perigo."
O cantor fala, também, das "precauções" que tomou:
"O show funciona como uma máquina. Começávamos a apresentação sempre às 20h20 em ponto. Então sabíamos exatamente qual seria a música de dez minutos antes das 22h. Eu disse à banda: vamos parar de tocar alguns minutos antes do horário limite, exibir a mensagem de protesto por um minuto e recomeçar exatamente de onde paramos. Ensaiamos uma vez. No horário combinado, exibimos o “#Elenão” no telão. Voltamos ao show uns 15 segundos antes das 22h. Seguimos a lei".
Veja a sequência de mensagens "estratégicamente" exibidas no telão em Curitiba antes das 22 horas.
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