quarta-feira, 25 de setembro de 2019

LUTA VIRTUAL: FACEBOOK, O "RINGUE" DO TERCEIRO MILÊNIO




    Tem aquele "dito popular" (como falava minha avó...) "Nunca se deram...agora tão brigando". E isso era numa época em que rede social não existia nem na ficção científica! Pois bem, amigo(a) navegante...hoje, amizades acabam, negócios não desfeitos (ou nem realizados...), casamentos acabam, parentes rompem relações, tudo por causa da "radicalização" e da intolerância que tomou conta do povo através da internet.
    E onde falta diálogo, sobram "murros", "pontapés", "voadoras" (virtuais, óbvio...). Discordar de alguém não significa mais ter opinião contrária, de uma forma civilizada. O país, o mundo radicalizaram. Somos nós contra eles. São eles contra nós. 
    E aí entra debate sobre questões ambientais, política, economia, esporte, comportamento, cultura. Ou seja, TUDO. E cada um se considera um "especialista" em todos os assuntos pra dar opinião "abalizada" sobre QUALQUER assunto. São os formados na Universidade Facebook.
    O "fenômeno" da rede social trouxe algo curioso: pessoas que nem se conhecem "se atacam", "se atracam" (virtualmente falando), se xingam ,na internet, pelos mais diversos assuntos. Dá uma pena de ver quando amigos - ou apenas colegas - partem para a "agressão" por qualquer motivo. Acabou o tempo em que se dizia: "Fulano(a), desculpe, mas discordo de você por isso, isso e isso...".
    Agora, como diria um porteiro que conheço, "O cara já pula com os dois pés no peito do outro". Isso pra "marcar território" e pra afirmar que, o que a outra pessoa pensa, é um lixo.
    Com a palavra, uma especialista no assunto, a psicóloga Raquel Baldo:
    "O que vemos frequentemente é como a intolerância se manifesta em uma magnitude relevante. As pessoas deixam de usar seus filtros básicos de estrutura na vida e controle de impulsos e apenas agem e reagem. As pessoas falam suas verdades independente se alguém vai ouvir e tão pouco se vai ofender o outro. Falam porque fantasiam que seus conteúdos internos são tão relevantes que precisam exibir para o mundo e sentem muito prazer em não ter limite ou filtro em suas falas." [...]
    "A perversidade humana está escancarada nas redes sociais, mesmo que tantas vezes venha disfarçada com valores morais. A falta de filtro, de limite, de controle emocional e empatia é um grande sintoma da imensa imaturidade de ego e incapacidade ou adoecimento emocional dessas pessoas."


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