sexta-feira, 20 de setembro de 2019

BOMBA! DEU "TILT NO CAIXA"... GLOBO PODERÁ SER VENDIDA? É O QUE DIZ LUIS NASSIF...

 

 A Globo marcou para essa sexta-feira, 20, uma reunião em São Paulo com os clubes de futebol. Assunto: Comunicar que deverá repassar mensos grana através do sistema "pay-per-view" ( o famoso "pague pra ver"). Motivo: a venda de pacotes do Brasileirão ficou abaixo do esperado. É o que informa a "Folha de S. Paulo".
    Isso é apenas uma "ponta do iceberg" do que está por vir... o jornalista Luis Nassif, especialista em economia, analisou números do balanço da Poderosa e concluiu: Com um resultado negativo de meio bilhão de reais em 2018, as finanças da emissora "patinam". Pra piorar, agora enfrenta a concorrência de  Netflix, Amazon, Apple e, logo logo, Disney. Isso na "plataforma de streaming". E como o Grupo da família Marinho pretende enfrentar esses gigantes? Com produção de conteúdo semelhante na Globoplay. Segundo Nassif, foi justamente esse investimento que pesou no prejuízo da Vênus Platinada. Ele conclui:
    "Ou a Globo vai se transformar numa provedora de conteúdo, não mais do que isso, ou vai ser vendida para um dos gigantes da mídia global."
    Veja a análise do jornalista:

    Segundo dados da revista especializada Teletimes, em 2018, o resultado operacional da controladora foi negativo em R$ 530 milhões, contra um resultado negativo de R$ 83 milhões em 2017. A controladora engloba a TV Globo, a Globoplay e a Som Livre.
Considerando todo o grupo, a receita operacional foi positiva em R$ 1 bilhão no ano de 2018, mas registrando uma queda de 44% em relação ao mesmo período de 2017.
O que pesou no resultado operacional negativo foram os investimentos na Globoplay, plataforma que pretende concorrer com a Netflix, Amazon e Apple.
A Globoplay atingirá apenas países de língua portuguesa, Brasil, Portugal e alguns países africanos. A Netflix só não entra (por enquanto) na China, Crimeia, Coreia do Norte e Siria.
No Brasil, junto ao público jovem – que em alguns anos será o público total do mercado – o nome Globo tem muito menos penetração do que Netflix ou Apple.
Volte aos números de balanço. Em 2018 a receita líquida da controladora Globo foi de R$ 10 bilhões. Do grupo todo, R$ 14,8 bilhões. Com o dólar a R$ 4,00, significa uma receita total de US$ 3,7 bilhões, estabilizada, em crescimento lento ou queda. 
A receita da Netflix foi de US$ 14,7 bilhões, em alta. A perspectiva é de crescimento de 26% ao trimestre. Apenas no Brasil, a Netflix já tem um faturamento estimado em R$ 1,8 bilhão, quase 10% da Globo. A Netflix pretende investir apenas em novas produções US$ 10 bilhões. 

E a Netflix é peixe pequeno perto dos novos competidores. O faturamento da Amazon é de US$ 252 bilhões. O da Apple, US$ 259 bilhões. O Amazon Prime atua em 18 países e tem mais de 100 milhões de assinantes.
O único setor em que a Globo se dá bem é na venda de conteúdo pelos canais Globosat, que responde por 54% do lucro bruto do grupo. O restante vem da TV aberta e da Internet.
No país dos juros recordistas, o que tem sustentado a Globo são as receitas financeiras. No consolidado do grupo, as receitas financeiras saltaram de R$ 943 milhões para R$ 1,06 bilhão em 2018.
No final, a realidade vai se impor e a globalização, tão defendida pela Globo, se incumbirá de coloca-la no seu papel, no novo mundo da mídia que se descortina: ou uma provedora de conteúdo, não mais do que isso; ou a venda para um dos gigantes da mídia global.

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