Também é o "nosso olhar". Através da câmera, esse repórter permite que enxerguemos os fatos. O "olhar eletrônico" do equipamento se torna "os nossos olhos". Fazer imagens é mostrar o mundo ao mundo.
Dino Menon dedicou boa parte de sua vida a esse ofício: Mostrou o que via, foi nosso olhar para a notícia. Literalmente "jogou uma luz" em cima dos acontecimentos para que todos nós ficássemos informados. Agora ele partiu em busca de outra luz: Sua amada filha Ana Carolina. Estão juntos.
Enquanto esteve por aqui, foi parceiro e ótimo colega de trabalho. Me lembro de - muitas vezes - estar ao computador batucando um texto e ele chegar dizendo:
"Velho, velho tem um vetezinho legal pra você..." Ou : "A pauta não rendeu. Não teve jeito". Mas, quando dava, ele "salvava" a notícia: "Olha, VT não rendeu, mas como o assunto é bacana e sei que você tá precisando pro jornal, fiz uns takezinhos para uma nota coberta..."
Não foram poucas as vezes, também, que o assunto foi futebol. Nas épocas de "draga" do Coritiba, ele falava:
"E aí, Coxa... tá feio o nosso time, hein?!".... ou, num momento de vitória, aparecia com os olhos azuis brilhando e um sorriso confiante: "E aí, Coxa?! Acho que agora vai...nosso time embala!"
O Dino era aquele irmão que todo mundo queria ter. O amigo que só fazia o bem. O profissional preocupado em mostrar a todos nós a vida que passa em frente ao nossos olhos.
Pena que um dia essa vida acaba. Com o nosso colega ela foi muito difícil e sombria nos últimos anos, com uma dor que não se mede.
Mas agora, chegou o alivio. Muita luz no caminho ao encontro de Ana Carolina.