Acho que é um pouco de cada coisa. Depende do "interesse". Veja, por exemplo, dois casos mais "próximos" do Brasil. Repórteres/comentaristas babam ódio quando se referem à Venezuela ("ditadura de Maduro") e à Cuba ("ditadura comunista"). Outro exemplo mais distante: o presidente da Coréia do Norte sempre é chamado de DITADOR...Mas quando o assunto é a Arábia Saudita, aí faltam eufemismos pra definir o regime: "estado de força"...."um dos países mais fechados"..."um rei que governa com pulso forte"...
O que acontece, na real (sem trocadilho com a família real....eita!), é que existe por lá um regime ditatorial, que não respeita direitos humanos ("ah, mas AGORA já deixa mulher dirigir"... nossa! que progresso, hein?! Claro que é um absurdo a proibição, mas essa "liberdade" é muito pouco...). Jornalistas brasileiros saudaram essa atitude do governo saudita (mulher na boleia) como "um avanço, uma modernização" do país...
Oposição ao rei, então, nem pensar! A intolerância por lá é a "palavra de ordem". Politicamente, culturalmente é uma nação isolada. Liberdade de imprensa? Tá de brincadeira, né?!
A imprensa brasileira está dando, agora, algum destaque para a Arábia Saudita por causa do desaparecimento de um JORNALISTA SAUDITA QUE TRABALHAVA NOS EUA e sumiu quando entrou na embaixada árabe na Turquia. Também porque a mídia norte-americana está tratando "a fundo" a questão...
Mas nossa valorosa mídia insiste em chamar o "príncipe herdeiro" de apenas....príncipe herdeiro.
Importante: o Brasil aceitou fazer dois amistosos por lá... um foi na sexta-feira (contra a própria Arábia Saudita) e outro vai ser contra a Argentina, nessa terça-feira. Quando uma seleção concorda em jogar num país assim, ela está - de certa forma - concordando com o que se faz por lá. Diplomaticamente, o correto seria se recusar a disputar partidas numa nação que não respeita direitos humanos.
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